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Categoria da Anedota:
Geral |
Categoria da censura:
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Enviado por:
activado 2010-08-02
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Tipo:
mini |
Estatistica:
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Enviado:
0 |
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Titulo:
Detalhe
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Um telefone toca num fim de tarde, começo de noite. - Sim... - Estou! - Que voz estranha... Gripada? - Faringite. - Deves andar a sair todas as noites! - E se estivesse? Algum problema? - Não, imagina! Agora, você é uma mulher livre. - E você? Sua voz também está diferente. Faringite? - Constipado. - Constipado? Tu nunca usaste esta palavra na vida. - A gente aprende. - Tás a ver? A separação serviu para alguma coisa. - Viver sozinho é bom. A gente cresce. - Você sempre viveu sozinho. Até quando eras casado só fazias o que quis. - Maldade tua, pois deixei de lado várias coisas quando a gente se casou. - Evidente! Só faltava você continuar a rebolar nas discotecas com as amigas. - Já tu não abriste mão de nada. Não deixaste de ver novela, passear no shopping, comprar jóias, conversar ao telefone com as amigas durante horas... Silêncio. Ela: - Comprar jóias? De onde é que tiraste essa ideia? A única coisa que comprei em quinze anos de casamento foi um par de brincos. - Quinze anos? Pensei que fosse bem menos. - A memória dos homens é um caso de polÃcia! - Mas conversar com as amigas no telefone... - Solidão, meu caro, cansaço... Trabalhar fora, cuidar das crianças e ainda preparar o jantar para o herói que chega à noite...Convenhamos, não chega a ser uma roda-gigante de emoções... - Tu nunca reclamaste disso. - E alguma vez me perguntaste? - Lá vem você de novo... As poucas coisas que eu achava que estavam certas... Isso também era errado!? - Evidente, a gente nunca conversava... - Faltou diálogo, é isso? Na hora, ninguém fala nada. Aparece um impasse e as mulheres não reclamam. Depois, dizem que faltou diálogo. As mulheres são de Marte. - E vocês são de Saturno! Silêncio. Ele: - E aÃ, como vai a vida? - Nunca estive tão bem. Livre para pensar, ninguém pra me dizer o que devo fazer... - E isso é bom? - Pense o que quiser, mas quinze anos de jornada são de enlouquecer qualquer uma. - Eu nunca fui autoritário! - Também nunca foi compreensivo! - Jamais dei a entender que era perfeito. Tenho as minhas limitações como qualquer mortal... - Limitado e omisso como qualquer mortal. - Você nunca foi irónica. - Isso a gente aprende também. - Eu sempre te apoiei. - Lógico. Se não me engano foi no segundo mês de casamento que você lavou a única louça da tua vida. Um apoio inestimável...Sinceramente, eu não sei o que faria sem ti? Ou achas que fazer vinte caipirinhas numa tarde para um bando de marmanjos que assistem ao jogo da Copa do Mundo era realmente o meu grande objetivo na vida? - De que é que estás a falar? - Ah, não te lembras? - Débora, eu detesto futebol. - Débora!? Esqueceste o meu nome também? Alexandre, estás louco? - Alexandre? Eu sou o Ronaldo! Silêncio. Ele: - De onde é que liga? - 578 9922 - Não é o 579 9222? - Não. - Ah, desculpe, foi engano. Depois de um tempo ambos desatem à gargalhada.Ele: - Quer dizer que fazes uma óptima caipirinha, hein? - Modéstia à parte... Mas não gosto, prefiro vinho tinto. - A sério? Vinho é a minha bebida preferida! - E detesta futebol? - Deus me livre... 22 tipos a correr atrás de uma bola... Acho ridÃculo! Ela: - Bem, dás-me licença, mas eu vou preparar o jantar. - Que pena... O meu já está pronto. Risoto, a minha especialidade! - Mentira! É o meu prato preferido... - A sério??! Bem, ainda chega para dois e estou a abrir um Chianti também. Tu não gostavas de ... - Adoraria! Ele dá o endereço. Ela: - Tão pertinho! São dois quarteirões daqui. - Então? É pegar ou largar. - Tou a passar por aÃ. - Combinado, vizinha. |
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